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Como reconhecer um infarto

  • Foto do escritor: Géssica Magalhães
    Géssica Magalhães
  • 15 de out.
  • 3 min de leitura
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O infarto agudo do miocárdio, também conhecido como ataque cardíaco, acontece, na maioria das vezes, quando uma artéria do coração se entope e parte do músculo cardíaco fica sem oxigênio. É uma emergência médica grave. Reconhecer os sinais de um infarto e agir rápido pode salvar sua vida ou a de alguém próximo.

Infelizmente, muitas pessoas não sabem identificar os sintomas de um infarto, e isso atrasa o atendimento e aumenta as chances de complicações ou até de morte súbita.

Neste texto, você vai aprender de forma simples como reconhecer um infarto, o que fazer diante de uma emergência, os principais fatores de risco e como prevenir a doença.


O que acontece no corpo durante um infarto?

O coração precisa de oxigênio para funcionar bem. Esse oxigênio chega por meio de artérias chamadas coronárias. Quando uma dessas artérias fica entupida por um coágulo ou placa de gordura, parte do músculo cardíaco sofre. É o que chamamos de infarto.

Se o sangue não voltar a circular logo, essa parte do coração pode morrer — causando sequelas graves ou até mesmo a morte.


Quais são os principais sintomas de infarto?

O infarto pode se apresentar de várias formas. O mais comum é:

  • Dor no peito, em aperto ou peso, que pode durar mais de 20 minutos;

  • A dor pode irradiar para o braço esquerdo, ombro, costas, pescoço ou mandíbula;

  • Sensação de falta de ar;

  • Suor frio, palidez, náuseas ou vômitos;

  • Tontura ou sensação de desmaio;

  • Ansiedade ou sensação de morte iminente.


⚠️ Importante: Mulheres, idosos e diabéticos podem ter sintomas diferentes, como dor no estômago, cansaço extremo, tontura ou apenas falta de ar — sem dor no peito.


Como reconhecer um possível infarto?

Use esta regra prática:

“DOR + DURAÇÃO + DESCONFORTO DIFERENTE”

  • Dor no peito que aperta ou pesa, não alivia com repouso.

  • Duração maior que 15–20 minutos.

  • Desconforto diferente do habitual, que gera medo, suor frio ou sensação de mal-estar intenso.


Se a dor melhora com mudança de posição ou com respiração profunda, pode ser outra causa, mas somente um médico pode avaliar com segurança.


O que fazer se alguém estiver infartando?

  1. Ligue imediatamente 192 (SAMU) — quanto mais rápido for o socorro, mais chances de salvar o coração.

  2. Não tente dirigir até o hospital.

  3. Deite ou sente a pessoa confortavelmente, mantendo a calma.

  4. Se ela estiver consciente, e não tiver alergia, pode-se dar aspirina comum (ácido acetilsalicílico) de 100 a 300mg para mastigar — isso ajuda a dissolver o coágulo (somente se não houver contraindicação).

  5. Não ofereça comida ou bebida.

  6. Se a pessoa desmaiar ou parar de respirar, inicie massagem cardíaca e chame ajuda.


Quem tem mais chance de ter um infarto?

Os fatores de risco mais importantes para o infarto são:

  • Não modificáveis:

    • Idade (maior risco após os 50 anos nos homens e 60 anos nas mulheres);

    • Histórico familiar de doença cardíaca precoce.


  • Modificáveis (podem ser controlados com hábitos e tratamento):

    • Pressão alta (hipertensão);

    • Diabetes mellitus;

    • Colesterol ruim alto;

    • Tabagismo (cigarro);

    • Sedentarismo e obesidade;

    • Estresse crônico;

    • Má alimentação (rica em gordura, sal e açúcar).

    • Circunferência abdominal maior que 80cm para mulheres, e maior que 94cm para homens.


Quanto mais desses fatores você tiver, maior o risco.


Como prevenir um infarto?

A melhor forma de cuidar do coração é prevenir o infarto com atitudes simples no dia a dia:

✅ Meça a pressão arterial com frequência.

✅ Faça exames de sangue regularmente (colesterol, glicemia, etc.).

✅ Pratique atividade física ao menos 3x por semana.

✅ Mantenha o peso saudável.

✅ Não fume e evite bebidas alcoólicas em excesso.

✅ Tenha uma alimentação balanceada — rica em frutas, legumes, grãos integrais e com pouca gordura saturada.

✅ Durma bem e cuide da saúde emocional.


Como é o tratamento do infarto?

O tratamento depende da rapidez com que o paciente chega ao hospital. As opções incluem:

  • Medicamentos trombolíticos, que “desentopem” a artéria;

  • Angioplastia com stent, para abrir a artéria;

  • Cirurgia cardíaca em casos mais graves;

  • Reabilitação cardíaca, com fisioterapia, nutrição e apoio psicológico após o evento.


Quanto mais rápido o tratamento, menor o dano ao coração.


Convivendo após um infarto

Se você já teve um infarto, é essencial:

  • Tomar corretamente os medicamentos receitados;

  • Controlar os fatores de risco;

  • Acompanhar com cardiologista regularmente;

  • Participar de programas de reabilitação cardíaca;

  • Manter hábitos saudáveis.


Com cuidado, acompanhamento e mudanças no estilo de vida, é possível viver bem e com qualidade após um infarto.


Em resumo:

  • Infarto agudo do miocárdio é uma emergência médica.

  • Os sinais mais comuns são dor no peito, suor frio, falta de ar e mal-estar súbito.

  • Nem todos os infartos têm dor no peito. Esteja atento!

  • Ao menor sinal, ligue 192 imediatamente.

  • Prevenir é possível com hábitos saudáveis e controle médico regular.


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© 2019 por Dra Géssica Magalhães. 

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