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Entenda a falta de ar

  • Foto do escritor: Géssica Magalhães
    Géssica Magalhães
  • 15 de out.
  • 3 min de leitura
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Sentir falta de ar, ou tecnicamente, dispneia, é algo que assusta. Pode vir de repente ou ir se instalando aos poucos. Algumas pessoas descrevem como se o ar “não entrasse direito” ou como se estivessem “sufocando mesmo respirando”. Mas afinal, o que pode causar essa sensação?

A verdade é que a falta de ar é um sintoma — ou seja, um sinal de que algo no corpo precisa de atenção. E pode ter diversas causas. Algumas mais simples, como ansiedade, e outras mais sérias, como problemas no coração ou nos pulmões.


O que causa falta de ar?

A falta de ar pode acontecer quando o corpo precisa de mais oxigênio e não está conseguindo recebê-lo de forma eficiente. Isso pode acontecer por vários motivos. Veja os principais:

Problemas no coração

  • Coração fraco (insuficiência cardíaca): o coração não consegue bombear o sangue como deveria, e o líquido começa a se acumular nos pulmões, causando falta de ar.

  • Pressão alta ou problemas nas válvulas do coração: dificultam o fluxo do sangue, o que pode gerar cansaço e falta de ar.

  • Batimentos irregulares (arritmias): fazem o sangue circular mal, provocando cansaço, tontura e falta de ar.


Problemas nos pulmões

  • Asma: a passagem do ar fica mais estreita, dificultando a respiração.

  • Bronquite crônica ou enfisema (DPOC): geralmente causados pelo cigarro, dificultam a entrada e saída do ar dos pulmões.

  • Pneumonia: inflamação no pulmão que dificulta a troca de oxigênio.

  • Embolia pulmonar: é quando um coágulo bloqueia uma artéria do pulmão — uma causa grave de falta de ar repentina.


Outras causas

  • Ansiedade ou ataques de pânico: a pessoa respira mais rápido sem perceber, o que dá a sensação de sufocamento.

  • Anemia severa: o sangue não leva oxigênio suficiente para o corpo, e o cérebro “pede mais ar”.

  • Obesidade ou sedentarismo extremo: o esforço para se movimentar pode gerar cansaço e falta de ar.

  • Problemas musculares ou nervosos: que dificultam o funcionamento dos músculos da respiração.


Como saber a causa?

Como existem várias causas para a falta de ar, o médico precisa fazer uma investigação cuidadosa. Essa investigação começa com uma conversa detalhada: quando começou? Em que situações piora? Tem dor no peito, tosse, febre ou cansaço?

Depois, o médico pode pedir alguns exames, como:

  • Eletrocardiograma: avalia os batimentos do coração.

  • Raio-X do tórax: mostra como estão os pulmões e o coração.

  • Exames de sangue: para ver se há infecção, anemia ou alterações hormonais.

  • Ecocardiograma: um ultrassom do coração.

  • Tomografia: se houver suspeita de coágulo no pulmão (embolia).


Quando a falta de ar é um sinal de alerta?

Procure atendimento médico imediatamente se:

  • A falta de ar surgiu de forma súbita e intensa.

  • Veio acompanhada de dor no peito.

  • A respiração ficou muito rápida ou difícil.

  • A ponta dos dedos ou os lábios ficaram arroxeados.

  • Houve desmaio ou sensação de desmaio.

  • Você tem histórico de doenças cardíacas ou pulmonares.


Esses podem ser sinais de problemas sérios que precisam de ação rápida.


E o tratamento?

O tratamento depende da causa da falta de ar. Veja alguns exemplos:

  • Se for problema no coração: o médico pode usar remédios para tirar o excesso de líquido do corpo, controlar a pressão ou corrigir os batimentos.

  • Se for nos pulmões: broncodilatadores (inaladores), antibióticos (em caso de infecção) ou, em algumas situações, uso de oxigênio.

  • Se for ansiedade: técnicas de respiração, psicoterapia e, se necessário, medicação.

  • Se for anemia: identificar a causa e tratar com ferro, vitaminas ou transfusão (em casos graves).


Além disso, algumas medidas sempre ajudam:

  • Parar de fumar.

  • Praticar atividades físicas de forma segura (com orientação).

  • Manter o peso adequado.

  • Tratar doenças como diabetes, pressão alta e colesterol.

  • Ter acompanhamento médico regular.


Convivendo com a falta de ar

Se a falta de ar faz parte da sua vida, é importante não ignorá-la. Mesmo que você já saiba a causa, como DPOC ou problemas cardíacos, é possível controlar bem os sintomas e viver com mais conforto.

Aqui vão algumas dicas úteis:

  • Evite esforços excessivos em dias muito quentes ou frios.

  • Faça pausas durante atividades do dia a dia.

  • Use os remédios corretamente, conforme prescrito.

  • Faça fisioterapia respiratória, se indicada.

  • Procure apoio psicológico, se a ansiedade piorar os sintomas.


Em resumo:

  • A dispneia (falta de ar) é um sintoma comum, mas que pode ter causas graves.

  • Sempre que ela for intensa, rápida ou surgir de repente, é necessário procurar um médico.

  • O diagnóstico correto permite que o tratamento seja eficaz e melhore sua qualidade de vida.


Se você ou alguém próximo está lidando com a falta de ar, lembre-se: não é normal sentir que falta o ar. Respeite os sinais do seu corpo e busque orientação médica. Respirar bem é viver melhor.


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© 2019 por Dra Géssica Magalhães. 

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