O que você precisa saber sobre Tontura
- Géssica Magalhães
- 15 de out.
- 3 min de leitura

Todo mundo já sentiu tontura alguma vez. Pode acontecer ao levantar rápido demais, ao passar muito tempo sem comer ou em dias de muito calor. Mas quando a tontura se repete, dura muito tempo ou vem acompanhada de outros sintomas, ela pode ser um sinal de que algo está errado no organismo.
A tontura é um sintoma comum, mas que pode ter diferentes significados. Pode indicar um problema no ouvido, na pressão, na visão, no coração ou até no cérebro. Por isso, é importante entender o que pode estar por trás desse desconforto e quando é hora de procurar ajuda médica.
O que é tontura?
A palavra tontura pode descrever diferentes sensações, como:
Sensação de que tudo está girando (como se fosse uma vertigem);
Cabeça leve ou “vazia”;
Perda momentânea do equilíbrio;
Sensação de desmaio iminente.
O mais importante é explicar ao médico exatamente o que você sente. Isso ajuda a descobrir a causa com mais precisão.
Principais causas de tontura
A tontura pode ter diversas origens. Abaixo, veja as causas mais comuns:
Problemas no ouvido (labirinto)
Labirintite ou vertigem posicional paroxística benigna (VPPB): são causas muito frequentes. O labirinto é responsável pelo nosso equilíbrio, e quando ele está inflamado ou desregulado, pode causar crises de tontura.
A tontura pode vir acompanhada de náuseas, vômitos e dificuldade para manter o equilíbrio.
Problemas de pressão ou do coração
Pressão baixa (hipotensão): principalmente ao levantar rapidamente ou em dias muito quentes.
Arritmias: batimentos descompassados do coração podem reduzir o fluxo de sangue ao cérebro.
Doenças cardíacas: como insuficiência cardíaca ou estenoses nas artérias.
Problemas neurológicos
Enxaqueca vestibular: é um tipo de enxaqueca que causa tontura mesmo sem dor de cabeça intensa.
AVC (derrame): em casos mais graves, a tontura pode ser sinal de um problema vascular no cérebro.
Doenças neurológicas crônicas: como Parkinson ou esclerose múltipla.
Outras causas
Hipoglicemia: queda de açúcar no sangue, especialmente em pessoas com diabetes.
Uso de medicamentos: alguns remédios para pressão, ansiedade ou insônia podem causar tontura.
Desidratação: falta de líquidos no corpo pode causar queda de pressão e tontura.
Ansiedade e estresse: causam sensação de desequilíbrio e “flutuação”.
Quando a tontura é sinal de alerta?
É importante procurar atendimento médico se:
A tontura surgiu de forma súbita e intensa;
Você também sente formigamento no rosto, fraqueza, fala embolada ou dificuldade para enxergar;
Houve desmaio;
A tontura é acompanhada de dor no peito ou falta de ar;
Há vômitos persistentes, febre ou rigidez no pescoço.
Esses sinais podem indicar condições mais sérias, como AVC, infecção no ouvido interno, arritmias cardíacas ou alterações neurológicas.
Como o médico investiga a tontura?
O diagnóstico começa por uma boa conversa. O profissional vai perguntar:
Quando a tontura começou?
Quanto tempo dura?
O que melhora ou piora?
Há outros sintomas, como náuseas, zumbido, queda de audição, visão embaçada, etc.?
Depois, o médico pode pedir exames como:
Exames de sangue (para ver açúcar, eletrólitos, anemia);
Eletrocardiograma (para avaliar o ritmo do coração);
Exames de audição ou labirinto (como a videonistagmografia);
Ressonância magnética ou tomografia (em casos neurológicos).
O objetivo é descobrir a causa e tratar de forma correta e segura.
Como é feito o tratamento?
O tratamento da tontura depende do que está causando o sintoma. Veja alguns exemplos:
Problemas no labirinto: remédios antivertiginosos, fisioterapia vestibular, manobras específicas (como a de Epley).
Pressão baixa: hidratação, evitar levantar-se rápido, ajustar remédios.
Arritmias ou doenças cardíacas: tratamento com cardiologista, mudanças no estilo de vida, medicações.
Crise de ansiedade: técnicas de respiração, psicoterapia, medicação se necessário.
Hipoglicemia: alimentação regular, ajuste no uso de insulina ou outros remédios.
É importante lembrar que o uso de remédios por conta própria pode piorar a situação. O ideal é tratar a causa, e não apenas mascarar os sintomas.
Como prevenir?
Algumas dicas simples ajudam a evitar crises de tontura:
Levante-se da cama devagar, principalmente ao acordar;
Beba bastante água ao longo do dia;
Evite jejum prolongado;
Mantenha a pressão arterial sob controle;
Evite excesso de cafeína, álcool e cigarro;
Faça exercícios físicos com orientação;
Cuide da sua saúde emocional, com pausas, descanso e apoio psicológico, se necessário.
Convivendo com a tontura
Se você sofre de tontura frequente, saiba que é possível melhorar sua qualidade de vida com acompanhamento adequado. Muitas vezes, a tontura é controlável e reversível. O mais importante é não ignorar o sintoma e buscar orientação profissional.
Resumo:
A tontura pode ter causas simples ou mais sérias.
Sempre que ela for forte, constante ou vier com outros sintomas, procure um médico.
O diagnóstico correto evita complicações e garante um tratamento mais eficaz.
Cuide da sua saúde física e emocional. O equilíbrio começa por dentro.




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